quarta-feira, 30 de julho de 2014

São Paulo da Cruz e a Congregação Passionista

Ao falarmos da Congregação, falamos também da vida do Fundador, por estar estritamente ligada uma a outra. Não existe a Congregação sem o fundador e vice-versa. Então vamos abordar em conjunto a vida de São Paulo da Cruz e a sua obra de amor motivada pelo Espírito Santo que é a Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Passionistas.  

Francisco Danei Massari  nasceu em Ovada, Itália, aos 3 de Janeiro de 1694, final do séc. XVII, tendo-se mudado, mais tarde, para Castellazzo-Bormida, não muito longe da sua terra natal. No dia da profissão religiosa, conforme o costume do tempo, trocou o nome de batismo pelo de Paulo da Cruz.

O ambiente familiar de Paulo era sereno, mas também austero, fosse pelas frequentes visitas da morte, fosse pelo tipo de educação. Através de palavras e exemplos, os pais estimulavam os filhos a uma profunda fé em Deus, a um grande amor a Jesus Crucificado, o ideal dos santos, a retidão de vida e a solidariedade para com os pobres.

Sua mãe ensinou-o a ver na Paixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus Crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida. Ouvindo a pregação de um sacerdote, o Senhor iluminou-o relativamente ao amor de Cristo Crucificado: foi o momento que ele próprio chamou de "conversão".
Ovada - Cidade Natal de São Paulo da Cruz
No verão de 1720, após receber a comunhão na Igreja dos Capuchinhos, retornando para casa, tem uma forte sensação de estar vestido de preto, com o nome de Jesus e a cruz branca no peito. Segundo um testemunho, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro.

Neste período, Paulo já tem em mente que deveria viver na solidão e pobreza, reunir companheiros e fundar uma Congregação. Seus membros deveriam usar uma túnica preta para recordar a Paixão e Morte de Jesus. A partir desse ano, empreendeu o difícil caminho da fundação.
Aparição da Virgem Maria à São Paulo da Cruz
Viveu a princípio como ermitão em Castellazzo e a pedido de Mons. Gattinara, Bispo de Alexandria, aos domingos, dava catecismo para as crianças. O mesmo bispo, revestiu-o com o hábito da Paixão, aos 22 de novembro de 1720. Passou 40 dias na sacristia da Igreja de S. Carlos, em Castellazzo, a exemplo de Jesus que permaneceu 40 dias no deserto em jejum e oração.

As suas experiências e o seu estado de espírito, durante aquela “quarentena”, conservaram-se até hoje com o nome de “Diário Espiritual”. Além disso, elaborou as Regras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamou de "Os Pobres de Jesus", depois de “Congregação dos Clérigos descalços da Santíssima Cruz e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Em seguida, ao novo Instituto, Paulo deu o nome de "Congregação da Paixão de Jesus Cristo", porque ele entende o serviço da Congregação como sendo o testemunho de uma vida virtuosa, na “conformação com Jesus Crucificado, de modo que o povo, pelo simples fato de ver um filho da Congregação, seria levado a converter-se ou a perseverar no bem.
São Paulo da Cruz escrevendo seu Diário Espiritual e as Regras e Constituições da Congregação Passionista
Concluída a experiência, o Bispo autorizou-o a viver na ermida de Santo Estevão, em Castellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No Verão de 1721, viajou até Roma, no intuito de obter uma audiência Papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais do Quirinale, onde residia o Papa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.

Paulo aceitou a humilhação que o configurava a Jesus Crucificado e, na basílica de Santa Maria Maior, perante a Virgem, fez voto de se consagrar a promover a memória da Paixão de Jesus Cristo. De regresso à sua terra, deteve-se um pouco em Orbetello, na ermida da Anunciação do Monte Argentário. Ao chegar a Castellazzo, encontrou-se com o seu irmão João Batista e, juntos, resolveram levar uma vida eremítica no Monte Argentário.


Porem os esforços de fundar uma comunidade fracassavam sempre. Para serem pregadores da Paixão era necessário tornarem-se sacerdotes. Por isso, resolveram viajar para Roma. Enquanto estudavam a Teologia, foram prestando o seu serviço num hospital, atendendo os doentes infectados pela peste.

O Papa Bento XIII, junto à Igreja chamada La Navicella, deu-lhes (Paulo e João Batista) uma autorização oral de poderem fundar no Monte Argentário. Uma vez ordenados sacerdotes, em 1727, os dois irmãos abandonaram Roma e dirigiram-se para o Monte Argentário.   Iniciaram o seu apostolado entre pescadores, lenhadores, pastores, etc. Rapidamente foram-se juntando companheiros, entre eles o seu irmão Antônio e sacerdotes bem preparados (entre estes Vicente Maria Strambi).

O primeiro convento, dedicado à Apresentação de Maria Santíssima, foi inaugurado em 1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, elas viriam a ser aprovadas por Bento XIV em 1741. Embora tenha sido sempre Superior Geral, desde 1747, Paulo não deixou de pregar nem de escrever cartas como diretor espiritual.

Na pregação privilegiou os pobres e os lugares carentes. Por isso, a pobreza e a penitência ocupam lugar de destaque na Congregação. Para toda a Congregação defendeu sempre, com grande determinação o espírito de solidão, pobreza e oração.
São Paulo da Cruz realizando as suas pregações
Preferiu a solidão para preparar-se melhor para o ministério, com um tomar distância crítico da realidade, para depois anunciar mais adequadamente a mensagem da Cruz de Cristo. Na solidão privilegiou a oração de relacionamento, isto é, um estar unido a Deus e aos demais no Amor. A forma mais adequada para fazer memória da Paixão é a meditação ou contemplação.

Antes de morrer, deixou como recomendação: "Recomendo a todos, particularmente aos Superiores, que façam florescer sempre mais na Congregação o espírito de oração, o espírito de solidão e o espírito de pobreza. Ficai certos que, enquanto se mantiverem estas três coisas, a Congregação ‘resplandecerá como sol diante de Deus e dos homens’" (Testamento Espiritual).

Em 1773, o papa Clemente XIV concedeu a Paulo da Cruz a Casa e a Basílica dos Santos João e Paulo, colocadas em uma das sete colinas de Roma. Nesta casa, a dois passos do Colosseo, viveu o Santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e de Pio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde. As suas relíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.
Corpo de São Paulo da Cruz

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Memória do Dia: Beato Nicéforo Diez Tejerina e Companheiros


No dia 24 de Julho, a Congregação Passionista celebra a Memória dos Beatos Nicéforo Diez Tejerina e seus 25 Companheiros de Martírio.

Os Beatos Nicéforo Diez Tejerina (Nicéforo de Jesus e Maria) e os 25 companheiros mártires de Daimiel selaram heroicamente com o sacrifício das suas vidas a sua consagração a Deus na nossa Congregação Passionista.

Guiados pelo seu provincial Nicéforo Diez Tejerina, os 25 Religiosos Passionistas foram arrancados violentamente, do convento de Daimiel, na Cidade Real (Espanha) na noite de 21 para 22 de Julho de 1936, e foram divididos em grupos de seis para serem fuzilados em lugares e datas diferentes durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Os 25 Religiosos Passionistas de Daimiel morreram assassinados por confessarem a fé cristã.

Para a comemoração litúrgica da sua festa escolheu-se o dia 24 de Julho que é a data em que foi martirizado o primeiro grupo de 6 religiosos, encabeçado pelo Superior Provincial, o Beato Nicéforo de Jesus e Maria.


São os primeiros mártires beatificados da Congregação. Foram beatificados por João Paulo II, no dia 1 de Outubro de 1989.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conhecendo a Congregação Passionista


A Congregação da Paixão de Jesus Cristo, mais conhecida como Congregação Passionista é uma Instituição Religiosa fundada por São Paulo Cruz. Seus membros são cristãos católicos religiosos e sacerdotes que vivem em comunidade fraterna, dispostos a anunciar aos homens e às mulheres contemporâneos o amor de Deus por cada pessoa, manifestados na Paixão e Morte de Cristo e tornado vitorioso pela Ressurreição. Da mesma espiritualidade e carisma participam os leigos, as monjas e os/as consagradas do Instituto Missionário Secular da Paixão.

Esta instituição foi fundada por São Paulo da Cruz (ou Paulo Danei: 1694-1775) na Itália, no dia 22 de novembro de 1720. A partir desse dia até 1º. de janeiro do ano seguinte, Paulo da Cruz se recolheu à algumas dependências da Igreja de Santo Antônio em Castellazzo, onde em retiro fez uma forte experiência de Deus; lá ele escreveu as regras e constituições da Congregação Passionista. Nesse retiro ficou claro que a Congregação se dedicaria a promover à memória da paixão entre os fiéis.

São Paulo da Cruz descobriu na Paixão de Jesus Cristo "a maior e a mais admirável obra do amor divino" e a revelação do poder de Deus que elimina a força do mal com o dinamismo da Ressurreição.

Os Passionistas comprometem-se, através de um voto especial, a promover a memória da Paixão de Cristo (Memoria Passionis) com a palavra e com a própria vida. Procuram fazê-lo, sobretudo, com a pregação e com a sua presença junto dos pobres e dos marginalizados por qualquer razão; enfim, junto de todos os "crucificados" da atualidade.

Outra característica importante dos Passionistas é a vida comunitária. Na fraternidade passionista tudo é comum e a mesma dedica um grande espaço de tempo à oração e à contemplação. Os Passionistas são, por assim dizer, contemplativos ativos; ou seja, unem de modo criativo a contemplação com a sua atividade pastoral. O meio privilegiado de se vivenciar o carisma é através dos retiros espirituais e das missões populares.


Atualmente, os passionistas estão presentes em 60 países dos 5 continentes. Em torno de 2100 religiosos (1650 presbíteros). Maiores contingentes: Itália (481), Indonésia (148), Brasil (141), Espanha (194), EUA (214). São governados por um Superior Geral, eleito para um sexénio, tendo como ajuda um Conselho formado por seis Consultores, representantes das várias áreas geográficas. A Congregação divide-se territorialmente por Províncias, Vice-Províncias e Vicariatos, consoante o número de religiosos existentes em determinadas áreas.

No Brasil, a Congregação Passionista acabou abraçando também o trabalho paroquial. O grande desafio da pastoral paroquial é o de recuperar o sentido missionário das paróquias e de se priorizar a solidariedade aos diferentes tipos de crucificados do mundo de hoje.

A Comunidade Leiga Passionista – Santíssimo Nome de Jesus, reside na cidade de Jequié – BA, formada por cristãos leigos do Santuário Jesus Crucificado, fazendo parte da Província Passionista da Exaltação da Santa Cruz, a qual engloba os estado do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e da Bahia!

Hábito Passionista
Religiosos Passionistas da Província Exaltação da Santa Cruz (Brasil)





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quem Somos?

A Comunidade de leigas e leigos Passionistas de São Paulo da Cruz – CLP é instituída sem fins lucrativos e vinculada a Congregação da Paixão de Jesus Cristo, fundada por Paulo Francisco Danei (São Paulo da Cruz), também chamada Congregação Passionista.
É integrada por fiéis católicos Leigos batizados, que identificados com a espiritualidade de Paulo da Cruz, fazem do dia-a-dia da vida laical o seu ambiente de apostolado.

OBJETIVOS DA CLP:
  • Vivenciar o carisma e a espiritualidade da vida laical através do amor testemunhal de Cristo Crucificado;
  • Incentivar e intermediar ações que perpetuam o significado da Paixão de Jesus;
  • Prezar pela unidade dos integrantes incentivando-os a uma verdadeira convivência evangélica em que a caridade, a fraternidade e a partilha transbordem os limites da comunidade tornando-se visível aos olhos do mundo.
INSTITUIÇÃO DA CLP EM JEQUIÉ – BA:
No dia 27 de abril de 2014 às 17:00h, foi instituída a CLP (Comunidade Leiga Passionista), no Santuário Jesus Crucificado. A mesma Intitulada “COMUNIDADE SANTÍSSIMO NOME DE JESUS”. A celebração presidida pelo Padre Luiz Porcari CP com a presença do Diácono Edilberto Junior da Cruz CP, e dos Aspirantes Passionistas: Muriel Francisco e Edmilson Monteiro.

FORAM INSTITUÍDOS:
Abeliane Novais Félix, Ana Célia Souza Santos, Antônia Moreira, Blandina Bento dos Santos. Fausto Silva Barros, Iramalia Nery Sousa, Jorge Lídio da Silva, Luzimario Conceição Alves da Silva, Marcos Roberto Silva Santos, Maria Aparecida Almeida Alves, Maria Cácia Gomes da Silva, Maria Dolores de Souza Martins, Maria Gorete Gonçalves dos Santos Faleira, Maria Telma dos Santos Silva, Mércia Cristina Soares Souza, Polyanne Lima Santos Cruz, Sandra Nuncia Barbosa de Souza, Severina da Silva Barbosa, Teresa Rodrigues Sousa.

SENDO OS SEGUINTES MEMBROS INTEGRANTES DA COORDENAÇÃO DA CLP:
Coordenador: Luzimario C. Alves da Silva; 
Vice Coordenador: Abeliane Novais Félix; 
Secretária: Ana Célia Souza Santos; 
Tesoureira: Maria Aparecida A. Alves;
Vice Tesoureira: Maria Dolores de Souza Martins.

Membros da Comunidade Leiga Passionista - Santíssimo Nome de Jesus (Jequié-BA)

Confraternização Natalina da CLP (Dezembro/2013)

 Retiro da Comunidade Leiga Passionista no Sitio da Frijel (06/04/2014)
Membros da Coordenação da CLP (da esquerda para a direita): Abeliane Félix (Vice Coordenadora), Ana Célia Santos (Secretária), Luzimário Alves (Coordenador), Maria Aparecida Alves (Tesoureira) com o Diácono Edilberto Junior da Cruz, CP.

Missa da Instituição da CLP - Santíssimo Nome de Jesus