quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Festa do Santuário Jesus Crucificado


Se inicia hoje (16 de outubro de 2014) se estendendo até o dia 26 do presente mês, as Festividades em Honra a São Paulo da Cruz do Santuário Jesus Crucificado em Jequié-BA. Tendo como Tema: "Com São Paulo da Cruz, queremos ser missionários de Jesus Crucificado a Exemplo do Pe. Hilário CP". Entre Momentos de Destaque de Nossa Festa, termos a Posse do Novo Reitor Padre Luiz Cláudio Diniz, CP no dia 16/10, o 1º Aniversário do Santuário (18/10), a 1ª Missa do Padre Edilberto em nossa Cidade (22/10) e o Translado dos restos mortais do Pe. Hilário, CP (25/10) que está em processo de Beatificação pela Santa Sé Apostólica. Além disso dos dias 16 a 24 de Outubro haverá as 19 hs a Novena a Jesus Crucificado composta pelo Pe. José Ricardo Zonta. Você é nosso Convidado, a se Fazer presente e Celebrar junto conosco a festa do Nosso Santuário!


Coletiva de Lançamento da Festa do Santuário

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Memória do Dia: São Vicente Maria Strambi

Pouco antes de morrer, São Paulo da Cruz quer perto dele Padre Vicente Maria. Paulo aperta-lhe afetuosamente as mãos e fixando os olhos disse: “Padre Vicente, te recomendo a congregação. Vicente tinha 30 anos e era passionistas a somente 6 anos. 
Vicente nasceu em Civitavecchia (Roma) em 1º de janeiro de 1745 filho de Giuseppe Strambi e de Eleonora Gori, dos quais herda uma fé verdadeira com especial amor depositado aos pobres, que o acompanhará por toda vida.Teve mais dois irmãos e uma irmã que morreram muito cedo. 
Entrando no seminário de Montefisacone (Viterbo), inicia seus estudos de filosofia, teologia e Bíblia atraindo para si admiração dos colegas e superiores, pela sua inteligência e pela distinta piedade. Transfere-se para Roma e depois a Viterbo para aperfeiçoar-se em oratória e outras disciplinas. Ao Pai disse:”Que sua única riqueza é o Crucificado”, e que destina a outros o patrimônio familiar.
Ordenado Sacerdote com 23 anos , mas sua vocação é para a vida religiosa. Transfere-se para os padres da Missão depois para os capuchinhos .Os primeiros o rejeitam pela saúde fraca, e o segundo porque era filho único.Na cidade de Civitavecchia durante uma missão conhece Paulo da Cruz eu o deixou fascinado pela sua santidade e pelo seu ardor missionário. 
Decide entrar para o convento dos Passionistas , fazendo sua experiência no convento de Santo Ângelo . Em 1769 mesmo com a não aprovação do Pai  professa  emite seus votos em 24 de dezembro. Assim começa a sua vida de pregador de exercício espirituais ao clero e em missões, dedicando atenção especial ao poço simples. Em 1773 foi chamado a Roma para exercer a tarefa de professor e diretor dos estudantes  de teologia.Ele reserva particular atenção aos jovens ,esperança da congregação.É cuidadoso com a saúde deles, orienta-os espiritualmente, Está certamente entre os maiores missionários do século. 
Por vontade do Papa prega freqüentemente  em Roma. Por abertura do ano Santo 1775 papa Clemente XIV o encarregou de pregar aos povo Romano, na Igreja de Santa Maria em Trastevere.Escolha felicíssima. Entre seus ouvintes: O próprio Papa. O qual o chama varias para pregar exercício espirituais aos cardeais,bispos, prelados da cúria romana,e todo o clero.Ficando conhecido como o Santo Pregador Passionista. 
Vicente Maria era sempre chamado para solucionar problemas difíceis. No conclave deVeneza  que elegeu o papa Pio VII, foi proposta também a sua candidatura e 5 entre os 34 cardeais deram seus votos ao simples religiosos passionistas. No interior da congregação exercia os cargos de professor, diretor e ainda de superior da província e de consultor geral. Mas tudo com muita humildade, ajudando também na cozinha e na horta. Escreve textos espirituais como: “O mês do preciossímo Sangue , testemunho da sua espiritualidade passionistas.Escreve  da mesma cela onde viveu São Paulo da Cruz a biografia do mesmo. 
Vicente ajuda na conversão de Paulina Bonaparte irmã menor de Napoleão, mudando completamente a sua vida.  No ano de 1801 no dia 26 de julho  Vicente foi nomeado pelo papa Pio VII bispo de Macerata e Tolentino. Ele pessoalmente pede ao papa para deixa-lo no convento e de prosseguir a sua vida religiosa e de missionário itinerante.Mas o papa lhe assegura que a escolha apara sua eleição foi :”pelo meu conhecimento pessoal e por inspiração divina “. 
Inicia o seu pastoreio renovando a diocese, visitando os hospitais, mosteiros e os padres. Organiza uma missão Popular, da qual ele mesmo participa. Viveu sempre via austera e penitente. Pobre,terão sempre seus cuidados .Afirmava que os pobres seriam os patrões e ele o ecônomo. Elimina escândalos e abusos, toma duas medidas. Quando no ano 1805 Napoleão Bonaparte começa a ocupar o Estado Pontifício e as tropas francesas entra em Macerta, pedem ao Vicente Maria para jurar fidelidade ao imperador ele recusa, e declara a sua fidelidade ao Papa. Por isso foi    condenado ao exílio e sai em 28 de setembro de 1808 .
Mesmo no exílio ele conforta a outros bispos, encorajando-os, sendo chamado “Santo Bispos Passionistas”. Torna-se  confessor de muitas autoridades, leigos, seminaristas, religiosos e religiosas. Viveu mais ou menos 6 anos no exílio. Voltando do exílio continua a sua missão,mesmo já enfraquecido pela saúde e pelos seus 70 anos. Para matar a fome dos pobres pedi donativos aos nobres que conheceu em Milão durante o exílio e os vende. Abre uma casa para as ex-prostitutas e uma escola de arte para jovens em perigo.... Muitas vezes pede ao papa para voltar ao seu convento, pedido sempre negado. Diz o papa: “Basta sua sombra para governar a diocese”. 
Ao final papa Leão XII no ano 1823 concorda.somente em parte. Queria que Vicente ficasse na residência somente para conforta-lo espiritualmente e como conselheiro e confessor. Vai freqüentemente a Igreja de São João e Paulo para rezar na sepultura do Fundador e ter uma afável conversa com os coirmãos. No mês de dezembro o Papa adoece e pede que  Vicente lhe administre o viático. O papa o abraça e lhe sussurra: “Vicente meu eu acreditava em fazer-lo Santo, mas algum outro pontífice o fará. “Vicente o encoraja dizendo:” Coragem Santidade, o Senhor  não privará a Igreja do Pastor em tempo tão difícil.” Vicente pede ao Papa a autorização de celebrar a missa e se oferece como vítima pela saúda do Papa. 
Ao terminar a celebração o papa surpreendentemente sara. Vicente ao contrário adoece repentinamente e morre uma semana depois em 1º de Janeiro de 1824 dia do seu 779º aniversário.  Mártir da caridade e do altruísmo. Sepultado na Igreja de São João e Paulo , perto do Fundador São Paulo da Cruz., foi declarado santo  no ano de 1950. Desde 1957 repousa em Macerata onde foi pastor zelosos e venerado por 22 anos. 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Ordenação Presbiteral do Diácono Edilberto Junior da Cruz, C.P.

Ordenação ocorrida no dia 16 de Agosto as 19 horas na Igreja de Santa Maria Goretti no Bairro do Jardim América em Cariacica - ES. A Celebração foi presidida por Dom Gilson, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Salvador. Estiveram presentes alguns Padres Passionista, Familiares do Diácono, Paroquianos e Amigos de diversos locais.



Prece Litânica
Prece Litânica

Imposição das Mãos
Imposição das Mãos
Imposição das Mãos


Vestimenta
Unção das Mãos

Recebendo o Cálice e a Patena
Agradecimentos


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Memória do Dia: Beato Domingos da Mãe de Deus


De Maria Antonia e Giuseppe Barberi nasceu Domingos em um lugar perto de Viterbo em 22 de junho 1792. Seus pais vivem do campo. A morte entra cedo na casa dos Barberi. Em 1797 com 10 anos morre Margarida, em 26 de março de 1798 morre o Pai Giuseppe. O pequeno Domingos aprende os ensinamento cristão e as mais elementares instruções para a vida no convento dos Capuchinhos demonstrando um grande ardor pelos estudos. Assim em 23 de março 1803 sua mãe morre, ficando órfão com somente 11 anos. 
Domingos foi morar com um tio materno nos campos, tendo que iniciar o seu trabalho, deixa de estudar. Assim segue até os 21 anos com seus costumeiros sonhos e crises. Conheceu os passionistas do vizinho convento de Vetralla (Viterbo), fica estudando com eles que o ajudam  na sua formação cristã. Começa o seu noviciado com os seus 22 anos em Paliano (Frosinone) no ano de 1814. 
Seria loucura o sacerdócio, pois os estudos foram poucos, mas para ele bastava ser religioso passionistas. Em um dos seus momentos de oração junto a Virgem, ouve uma voz que lhe disse: “Tornar-se-á sacerdote e será apóstolo do Norte da Europa, especialmente na Inglaterra”. Em 15 de novembro 1815 emite a sua profissão religiosa. E foi ordenado sacerdote em 1º de março de 1818. 
Ensina filosofia, teologia e sagrada eloquência. Torna-se mestre apreciado não só pela ciência, mas pela vida, vivida na experiência do crucificado. Assíduo no confessionário, preciso nas pregações, exemplar religiosos. Renuncia ao episcopado de Palermo, mas é chamado a ocupar cargos de responsabilidade no interior da congregação, como: superior, conselheiro provincial. Fez voto de nunca ficar ocioso.
Com 27 anos no ano de 1840 foi convocado com mais 4 jovens a iniciar uma casa na Bélgica na cidade de Ere , perto de Tournai. É a primeira casa passionistas fora de da Itália. Em novembro do mesmo ano visita a Inglaterra para iniciar uma outra casa. Para os católicos e protestantes, Domingo tornar-se uma voz importante. Prega ao povo, ao clero, as religiosas e avança até a Irlanda. 
Na Inglaterra, Domingos tem contato com pessoas influentes, como, os anglicanos James Ford, Jonh Dobree Dalgarins e com os professores da Escola de Oxford. Ele antecipa em 150 anos o movimento ecumênico moderno, baseado no amor, no dialogo, no respeito à consciência e na escuta do outro. Seu dialogo será sempre de profunda doutrina, mas, humanamente cordial, respeitoso, caridoso. Domingos pede aos anglicanos que rezem por ele e pela Igreja Católica, enquanto lhes assegura de rezar por eles também.
Mantém uma intima amizade com George Spencer (1799-1964), futuro sacerdote Passionista. Na Inglaterra gasta todas as suas forças pela recompensa da unidade da Igreja, Zelosos suscita varias conversões. Não faltando inveja e contradições. Aqueles que querem detê-lo, ele responde: ”Só a vontade de Deus é meu sustento. Estou aqui porque Deus me quis desde toda eternidade. Posso dizer que os sofrimentos têm superado minhas expectativas.” 
Por vezes foi apedrejado por jovens, mas Domingos recolhe as pedras e as beija e as coloca no bolso. Estes mesmo jovens admirados se convertem e tornam-se católicos. Ele é chamado de criança pela sua simplicidade e de leão pela sua inteligência. Com ele a congregação passionistas finca raízes além do Canal da Mancha. Pela Igreja Anglicana oferece, oração, choro, estuda a própria vida. Ao escrever para os professores da Escola de Oxford pede: “Digam-me meus irmãos caríssimos, qual é aquele sacrifício que eu posso oferecer por vocês: e eu com a ajuda de Deus, espero poder oferece-lo. Tomara que Deus me concede-se de dar a vida pela vossa salvação. Enquanto não me é dado derramar o sangue,me seja dado pelo menos derramar lacrimas.” 
Em 1849 enquanto viajava sente uma forte dor de cabeça e no coração. Morre em 27 de agosto aos 57 anos em Reading, perto de Londres, serenamente, pleno de alegria. Sua vocação e a sua espiritualidade estão centradas na missão. O Espírito ecumênico estrutura a sua personalidade e inspira as suas atitudes. Com a sua morte uma voz comum inclusa a Igreja protestante o aclamam Santo dos vivos e dos mortos. O papa Paulo VI em 1963 durante o Concilio Ecumênico Vaticano II o declara beato e o saúda alegremente: “Apostolo da Unidade”

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Comunidade Santíssimo Nome de Jesus em Vitória - ES

A Comunidade Leiga Passionista - Santíssimo Nome de Jesus, já se encontra em Vitória no Espírito Santo (Sede Provincial) para participar da Ordenação Presbiteral do Diácono Edilberto Junior da Cruz que será realizada na Paróquia Santa Maria Goretti no Bairro do Jardim América no próximo sábado (16 de Agosto), e juntamente com ele e toda a Província Exaltação da Santa Cruz celebrar esse Momento especial e de acolhida do mais Presbítero em nossa Congregação. 
Desde já, desejamos ao mesmo um frutuoso ministério e uma abençoada vocação, que Maria Santíssima que foi Assunta ao Céu pelo próprio Deus, possa a cada dia iluminar os seus passos e conduzi-lo no caminho da retidão e do amor aos pobres e mais necessitados.


Homenagem dos Padres Passionistas à Dom José Mauro, querido Bispo Passionista


Na Foto podemos observar os Aspirantes Passionista Muriel e Victor, com alguns membros da CLP (Ana Célia e Maria Aparecida) e demais Amigos.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Festival de Cachorro Quente

No dia 10 de Agosto de 2014 (Domingo), ocorreu o 1º Festival de Cachorro Quente do Grupo da CLP - Santíssimo Nome de Jesus, com o objetivo de arrecadar fundos monetários para o grupo e  de ser um momento de confraternização com todos os pais do Santuário Jesus Crucificado. 
O mesmo foi realizado após a Celebração Eucarística das 17 horas, contendo a participação de diversos membros da comunidade e também com grande participação dos fieis presentes na Missa rezada no Santuário. Foi um momento muito tranquilo e celebrado por todos os irmãos presentes.

Da esquerda para a direita: Magnólia (Simpatizante), Mércia, Luzimário, Marcel (Criança), Marcos, Ana Célia, Maria Cácia, Jorge Lídio, Maria Aparecida, Muriel Francisco (Aspirante Passionista) e Polyane.



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A Vocação Passionista



Na Igreja agosto é conhecido como o mês dedicado às vocações. Por isso estaremos apresentando um pouco sobre a vocação passionista e seu carisma particular.
Cada batizado tem a sua missão a desempenhar, pelo bem comum da Igreja e do mundo. Deus escolhe cada pessoa para um determinado serviço e capacita-a com os dons necessários para realizá-lo de melhor maneira possível. Este chamado a exercer um serviço tem um nome: vocação.
A vocação é o convite de Deus a viver “algo” pelo bem de todos. Podemos responder “sim” ou “não. Deus chama e capacita-nos, mas somos nós quem respondemos. Há  alguns, Deus chama para formar família, deixar descendência na terra, viver o matrimonio e há outros são chamados a desempenhar serviço em ações de solidariedade, de voluntariado, de entrega ao próximo.
Deus chama à vida religiosa não os melhores, mas quem Ele chama capacita-o para que possas se doar inteiramente a Ele.


Os Passionistas professam os três conselhos evangélicos: Pobreza, Castidade, Obediência e o voto específico.
  • Pobreza - os passionistas seguem a Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor incondicional aos homens, morrendo na Cruz... Sem nada. Logo, por meio deste voto, os religiosos não podem ter bens pessoais, renunciando aos bens que já tinham e dispensando tudo o que venham a ter... Tudo é propriedade do seu instituto religioso. (Mt 8,18-22)
  • Castidade - pretende que os religiosos tenham um coração só para Deus, liberto de qualquer amor humano. Isso implica que amem qualquer homem e mulher, sem qualquer tipo de descriminação. (Mt 19,10-12)
  • Obediência - o religioso vive como Cristo viveu: "obediente até à morte e morte de Cruz". O Superior faz as vezes de Deus e a ele se deve a obediência, em ambiente de diálogo para um melhor discernimento da Vontade de Deus. (Jn 6, 38-39)
  • Voto específico: viver e anunciar a Paixão de Cristo com obras e palavras; com o próprio testemunho de vida.

A Igreja aprovou, com a sua autoridade suprema, a Congregação Passionista e as suas Regras com a missão de anunciar o Evangelho da Paixão com a vida e o apostolado. Assim, os passionistas meditam, com frequência, Cristo Crucificado, para melhor se configurarem à Sua morte e ressurreição e para estarem prontos a anunciar aos outros, aquilo que eles próprios experimentam.


Pelas Regras e Constituições da Congregação podemos observar o sentido de toda a vocação passionista: “Nós, Passionistas, fazemos do Mistério Pascal o centro da nossa vida. Dedicamo-nos com amor ao seguimento de Cristo Crucificado e dispomo-nos a anunciar, com espírito de fé e caridade, a Sua Paixão e Morte, não apenas como um fato histórico do passado, mas também como realidade presente na vida dos homens, que são os “crucificados de hoje” pela injustiça, pela ausência do sentido profundo da existência humana, pela fome de paz, de verdade e de vida. A nossa vocação obriga-nos, desta forma, a ser especialistas no conhecimento da Paixão de Cristo e dos homens, o que constitui o único mistério de salvação, que é a Paixão de Cristo Místico. Desta forma, podemos levar os fiéis a meditar e sentir profundamente este mistério, e conduzi-los a uma união mais íntima com Deus, a um maior conhecimento de si mesmos e a uma maior sensibilidade para com as necessidades dos seus contemporâneos.” (da Regra Passionista, nº 65).

quarta-feira, 30 de julho de 2014

São Paulo da Cruz e a Congregação Passionista

Ao falarmos da Congregação, falamos também da vida do Fundador, por estar estritamente ligada uma a outra. Não existe a Congregação sem o fundador e vice-versa. Então vamos abordar em conjunto a vida de São Paulo da Cruz e a sua obra de amor motivada pelo Espírito Santo que é a Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Passionistas.  

Francisco Danei Massari  nasceu em Ovada, Itália, aos 3 de Janeiro de 1694, final do séc. XVII, tendo-se mudado, mais tarde, para Castellazzo-Bormida, não muito longe da sua terra natal. No dia da profissão religiosa, conforme o costume do tempo, trocou o nome de batismo pelo de Paulo da Cruz.

O ambiente familiar de Paulo era sereno, mas também austero, fosse pelas frequentes visitas da morte, fosse pelo tipo de educação. Através de palavras e exemplos, os pais estimulavam os filhos a uma profunda fé em Deus, a um grande amor a Jesus Crucificado, o ideal dos santos, a retidão de vida e a solidariedade para com os pobres.

Sua mãe ensinou-o a ver na Paixão de Jesus Cristo a força para superar todas as provas e dificuldades. Assim, enamorado de Jesus Crucificado desde criança, quis entregar-Lhe toda a sua vida. Ouvindo a pregação de um sacerdote, o Senhor iluminou-o relativamente ao amor de Cristo Crucificado: foi o momento que ele próprio chamou de "conversão".
Ovada - Cidade Natal de São Paulo da Cruz
No verão de 1720, após receber a comunhão na Igreja dos Capuchinhos, retornando para casa, tem uma forte sensação de estar vestido de preto, com o nome de Jesus e a cruz branca no peito. Segundo um testemunho, uma aparição da Virgem Maria permitiu-lhe conhecer o hábito, o emblema e o estilo de vida do futuro Instituto, que teria sempre Jesus Cristo Crucificado como centro.

Neste período, Paulo já tem em mente que deveria viver na solidão e pobreza, reunir companheiros e fundar uma Congregação. Seus membros deveriam usar uma túnica preta para recordar a Paixão e Morte de Jesus. A partir desse ano, empreendeu o difícil caminho da fundação.
Aparição da Virgem Maria à São Paulo da Cruz
Viveu a princípio como ermitão em Castellazzo e a pedido de Mons. Gattinara, Bispo de Alexandria, aos domingos, dava catecismo para as crianças. O mesmo bispo, revestiu-o com o hábito da Paixão, aos 22 de novembro de 1720. Passou 40 dias na sacristia da Igreja de S. Carlos, em Castellazzo, a exemplo de Jesus que permaneceu 40 dias no deserto em jejum e oração.

As suas experiências e o seu estado de espírito, durante aquela “quarentena”, conservaram-se até hoje com o nome de “Diário Espiritual”. Além disso, elaborou as Regras, destinadas a possíveis companheiros, aos quais chamou de "Os Pobres de Jesus", depois de “Congregação dos Clérigos descalços da Santíssima Cruz e Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Em seguida, ao novo Instituto, Paulo deu o nome de "Congregação da Paixão de Jesus Cristo", porque ele entende o serviço da Congregação como sendo o testemunho de uma vida virtuosa, na “conformação com Jesus Crucificado, de modo que o povo, pelo simples fato de ver um filho da Congregação, seria levado a converter-se ou a perseverar no bem.
São Paulo da Cruz escrevendo seu Diário Espiritual e as Regras e Constituições da Congregação Passionista
Concluída a experiência, o Bispo autorizou-o a viver na ermida de Santo Estevão, em Castellazzo, e a realizar apostolado como leigo. No Verão de 1721, viajou até Roma, no intuito de obter uma audiência Papal para explicar as luzes recebidas sobre uma futura Congregação. Os oficiais do Quirinale, onde residia o Papa, não o deixaram entrar, pois pareceu-lhes tratar-se de mais um aventureiro.

Paulo aceitou a humilhação que o configurava a Jesus Crucificado e, na basílica de Santa Maria Maior, perante a Virgem, fez voto de se consagrar a promover a memória da Paixão de Jesus Cristo. De regresso à sua terra, deteve-se um pouco em Orbetello, na ermida da Anunciação do Monte Argentário. Ao chegar a Castellazzo, encontrou-se com o seu irmão João Batista e, juntos, resolveram levar uma vida eremítica no Monte Argentário.


Porem os esforços de fundar uma comunidade fracassavam sempre. Para serem pregadores da Paixão era necessário tornarem-se sacerdotes. Por isso, resolveram viajar para Roma. Enquanto estudavam a Teologia, foram prestando o seu serviço num hospital, atendendo os doentes infectados pela peste.

O Papa Bento XIII, junto à Igreja chamada La Navicella, deu-lhes (Paulo e João Batista) uma autorização oral de poderem fundar no Monte Argentário. Uma vez ordenados sacerdotes, em 1727, os dois irmãos abandonaram Roma e dirigiram-se para o Monte Argentário.   Iniciaram o seu apostolado entre pescadores, lenhadores, pastores, etc. Rapidamente foram-se juntando companheiros, entre eles o seu irmão Antônio e sacerdotes bem preparados (entre estes Vicente Maria Strambi).

O primeiro convento, dedicado à Apresentação de Maria Santíssima, foi inaugurado em 1737. Paulo apresentou as Regras para o novo Instituto, em Roma. Depois de algumas alterações, elas viriam a ser aprovadas por Bento XIV em 1741. Embora tenha sido sempre Superior Geral, desde 1747, Paulo não deixou de pregar nem de escrever cartas como diretor espiritual.

Na pregação privilegiou os pobres e os lugares carentes. Por isso, a pobreza e a penitência ocupam lugar de destaque na Congregação. Para toda a Congregação defendeu sempre, com grande determinação o espírito de solidão, pobreza e oração.
São Paulo da Cruz realizando as suas pregações
Preferiu a solidão para preparar-se melhor para o ministério, com um tomar distância crítico da realidade, para depois anunciar mais adequadamente a mensagem da Cruz de Cristo. Na solidão privilegiou a oração de relacionamento, isto é, um estar unido a Deus e aos demais no Amor. A forma mais adequada para fazer memória da Paixão é a meditação ou contemplação.

Antes de morrer, deixou como recomendação: "Recomendo a todos, particularmente aos Superiores, que façam florescer sempre mais na Congregação o espírito de oração, o espírito de solidão e o espírito de pobreza. Ficai certos que, enquanto se mantiverem estas três coisas, a Congregação ‘resplandecerá como sol diante de Deus e dos homens’" (Testamento Espiritual).

Em 1773, o papa Clemente XIV concedeu a Paulo da Cruz a Casa e a Basílica dos Santos João e Paulo, colocadas em uma das sete colinas de Roma. Nesta casa, a dois passos do Colosseo, viveu o Santo os últimos anos da sua vida; ali recebeu as visitas de Clemente XIV, em 1774, e de Pio VI em 1775, e ali faleceu, uns meses mais tarde. As suas relíquias conservam-se em capela própria, inaugurada na basílica em 1880.
Corpo de São Paulo da Cruz

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Memória do Dia: Beato Nicéforo Diez Tejerina e Companheiros


No dia 24 de Julho, a Congregação Passionista celebra a Memória dos Beatos Nicéforo Diez Tejerina e seus 25 Companheiros de Martírio.

Os Beatos Nicéforo Diez Tejerina (Nicéforo de Jesus e Maria) e os 25 companheiros mártires de Daimiel selaram heroicamente com o sacrifício das suas vidas a sua consagração a Deus na nossa Congregação Passionista.

Guiados pelo seu provincial Nicéforo Diez Tejerina, os 25 Religiosos Passionistas foram arrancados violentamente, do convento de Daimiel, na Cidade Real (Espanha) na noite de 21 para 22 de Julho de 1936, e foram divididos em grupos de seis para serem fuzilados em lugares e datas diferentes durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 1936, no início da Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Os 25 Religiosos Passionistas de Daimiel morreram assassinados por confessarem a fé cristã.

Para a comemoração litúrgica da sua festa escolheu-se o dia 24 de Julho que é a data em que foi martirizado o primeiro grupo de 6 religiosos, encabeçado pelo Superior Provincial, o Beato Nicéforo de Jesus e Maria.


São os primeiros mártires beatificados da Congregação. Foram beatificados por João Paulo II, no dia 1 de Outubro de 1989.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Conhecendo a Congregação Passionista


A Congregação da Paixão de Jesus Cristo, mais conhecida como Congregação Passionista é uma Instituição Religiosa fundada por São Paulo Cruz. Seus membros são cristãos católicos religiosos e sacerdotes que vivem em comunidade fraterna, dispostos a anunciar aos homens e às mulheres contemporâneos o amor de Deus por cada pessoa, manifestados na Paixão e Morte de Cristo e tornado vitorioso pela Ressurreição. Da mesma espiritualidade e carisma participam os leigos, as monjas e os/as consagradas do Instituto Missionário Secular da Paixão.

Esta instituição foi fundada por São Paulo da Cruz (ou Paulo Danei: 1694-1775) na Itália, no dia 22 de novembro de 1720. A partir desse dia até 1º. de janeiro do ano seguinte, Paulo da Cruz se recolheu à algumas dependências da Igreja de Santo Antônio em Castellazzo, onde em retiro fez uma forte experiência de Deus; lá ele escreveu as regras e constituições da Congregação Passionista. Nesse retiro ficou claro que a Congregação se dedicaria a promover à memória da paixão entre os fiéis.

São Paulo da Cruz descobriu na Paixão de Jesus Cristo "a maior e a mais admirável obra do amor divino" e a revelação do poder de Deus que elimina a força do mal com o dinamismo da Ressurreição.

Os Passionistas comprometem-se, através de um voto especial, a promover a memória da Paixão de Cristo (Memoria Passionis) com a palavra e com a própria vida. Procuram fazê-lo, sobretudo, com a pregação e com a sua presença junto dos pobres e dos marginalizados por qualquer razão; enfim, junto de todos os "crucificados" da atualidade.

Outra característica importante dos Passionistas é a vida comunitária. Na fraternidade passionista tudo é comum e a mesma dedica um grande espaço de tempo à oração e à contemplação. Os Passionistas são, por assim dizer, contemplativos ativos; ou seja, unem de modo criativo a contemplação com a sua atividade pastoral. O meio privilegiado de se vivenciar o carisma é através dos retiros espirituais e das missões populares.


Atualmente, os passionistas estão presentes em 60 países dos 5 continentes. Em torno de 2100 religiosos (1650 presbíteros). Maiores contingentes: Itália (481), Indonésia (148), Brasil (141), Espanha (194), EUA (214). São governados por um Superior Geral, eleito para um sexénio, tendo como ajuda um Conselho formado por seis Consultores, representantes das várias áreas geográficas. A Congregação divide-se territorialmente por Províncias, Vice-Províncias e Vicariatos, consoante o número de religiosos existentes em determinadas áreas.

No Brasil, a Congregação Passionista acabou abraçando também o trabalho paroquial. O grande desafio da pastoral paroquial é o de recuperar o sentido missionário das paróquias e de se priorizar a solidariedade aos diferentes tipos de crucificados do mundo de hoje.

A Comunidade Leiga Passionista – Santíssimo Nome de Jesus, reside na cidade de Jequié – BA, formada por cristãos leigos do Santuário Jesus Crucificado, fazendo parte da Província Passionista da Exaltação da Santa Cruz, a qual engloba os estado do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e da Bahia!

Hábito Passionista
Religiosos Passionistas da Província Exaltação da Santa Cruz (Brasil)





quarta-feira, 9 de julho de 2014

Quem Somos?

A Comunidade de leigas e leigos Passionistas de São Paulo da Cruz – CLP é instituída sem fins lucrativos e vinculada a Congregação da Paixão de Jesus Cristo, fundada por Paulo Francisco Danei (São Paulo da Cruz), também chamada Congregação Passionista.
É integrada por fiéis católicos Leigos batizados, que identificados com a espiritualidade de Paulo da Cruz, fazem do dia-a-dia da vida laical o seu ambiente de apostolado.

OBJETIVOS DA CLP:
  • Vivenciar o carisma e a espiritualidade da vida laical através do amor testemunhal de Cristo Crucificado;
  • Incentivar e intermediar ações que perpetuam o significado da Paixão de Jesus;
  • Prezar pela unidade dos integrantes incentivando-os a uma verdadeira convivência evangélica em que a caridade, a fraternidade e a partilha transbordem os limites da comunidade tornando-se visível aos olhos do mundo.
INSTITUIÇÃO DA CLP EM JEQUIÉ – BA:
No dia 27 de abril de 2014 às 17:00h, foi instituída a CLP (Comunidade Leiga Passionista), no Santuário Jesus Crucificado. A mesma Intitulada “COMUNIDADE SANTÍSSIMO NOME DE JESUS”. A celebração presidida pelo Padre Luiz Porcari CP com a presença do Diácono Edilberto Junior da Cruz CP, e dos Aspirantes Passionistas: Muriel Francisco e Edmilson Monteiro.

FORAM INSTITUÍDOS:
Abeliane Novais Félix, Ana Célia Souza Santos, Antônia Moreira, Blandina Bento dos Santos. Fausto Silva Barros, Iramalia Nery Sousa, Jorge Lídio da Silva, Luzimario Conceição Alves da Silva, Marcos Roberto Silva Santos, Maria Aparecida Almeida Alves, Maria Cácia Gomes da Silva, Maria Dolores de Souza Martins, Maria Gorete Gonçalves dos Santos Faleira, Maria Telma dos Santos Silva, Mércia Cristina Soares Souza, Polyanne Lima Santos Cruz, Sandra Nuncia Barbosa de Souza, Severina da Silva Barbosa, Teresa Rodrigues Sousa.

SENDO OS SEGUINTES MEMBROS INTEGRANTES DA COORDENAÇÃO DA CLP:
Coordenador: Luzimario C. Alves da Silva; 
Vice Coordenador: Abeliane Novais Félix; 
Secretária: Ana Célia Souza Santos; 
Tesoureira: Maria Aparecida A. Alves;
Vice Tesoureira: Maria Dolores de Souza Martins.

Membros da Comunidade Leiga Passionista - Santíssimo Nome de Jesus (Jequié-BA)

Confraternização Natalina da CLP (Dezembro/2013)

 Retiro da Comunidade Leiga Passionista no Sitio da Frijel (06/04/2014)
Membros da Coordenação da CLP (da esquerda para a direita): Abeliane Félix (Vice Coordenadora), Ana Célia Santos (Secretária), Luzimário Alves (Coordenador), Maria Aparecida Alves (Tesoureira) com o Diácono Edilberto Junior da Cruz, CP.

Missa da Instituição da CLP - Santíssimo Nome de Jesus